segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Capítulo 41 – Quanto Vale uma Amizade? – by BeAz


Chris e AB continuavam noite e dia num tremendo cochicho enrolados em seus planos. AB insistia em se vestir de cor-de-rosa por causa do futebol homofóbico, dizia ele, mas para mim era mais um clube de futebol gay, era evidente, só não via quem não queria ver. Ele também se mantinha animado pela solução que arranjou para se livrar de mim dizendo a Chris com toda a felicidade o quanto tinha dado certo o seu plano.



Porém AB tinha uma novidade, não muito agradável para Chris, Meg estava fazendo o maior sucesso com a sua peruca loira.

AB – É isso que eu lhe digo Chris, vá na escola e veja com os seus próprios olhos!
Chris – Não diga? Será por isso que ela não para em casa mesmo à noite? Vou verificar!



Durante o dia e na escola Meg era constantemente abordada com piropos e assediada.



À noite saía para o convívio escolar e nem por isso as coisas mudavam novamente vinham ter com ela fazendo-lhe convites.



Mas Meg, como inteligente que era começou a tirar partido da situação até que começaram a prometer-lhe coisas para conseguirem atingir os seus fins. Uns diziam que lavariam toda a loiça de casa se ela casasse com eles.



Outros juravam pela santa que a faziam a mulher mais feliz do mundo.



Aí ela começou pedindo coisas:

Meg – Só se você me oferecer um LCD!



Quando passava por Chris que estava namorando logo as atenções se viravam para ela deixando Chris com mais vontade de se vingar.



Depois da saída, quando regressava a casa sempre tinha um velhinho querendo também partilhar o seu amor com ela.



Uma das vezes, ao espreitar pela janela vi ela a falar com a D. Morte. O que pretenderia ela? Contratar a D. Morte para matar AB ou também a D. Morte quereria um caso com ela?



Não aguentava mais aquelas maluqueiras, não tinham nada a ver com a minha pessoa. Mais uma vez deprimida volto a fechar-me no meu quarto. Mas desta vez nem nos livros me apetecia pegar para estudar tal era o desânimo.



Foi então que bateram à porta e eu não respondi fingindo não estar no quarto. Mas não adiantou, a minha mãe abriu a porta de rompão puxou-me pelo braço e arrastando-me atrás dela dizia-me:

Aurora – Vem, não ficas nesta espelunca nem mais um minuto.

Nem tive tempo de falar, em segundos estava a caminho de casa com a minha mãe.



Ao chegarmos a Sunset tirei a rolha que parecia ter na boca e falei ironicamente e dando um leve sorriso para quebrar o silêncio:

BeAz – Mãe, onde arranjaste esta lata?
Aurora – Foi o teu pai que a arranjou em troca de ter arranjado o jardim a um vizinho. O carro não andava mas ele arranjou-o.
BeAz – Mãe, sabes mesmo o que se está a passar na Univer…
Aurora – Sei claro, se não, não teria ido buscar-te. Porque não me ligaste?
BeAz – Achei que tudo se resolveria. Mas como soubeste?
Aurora – Quando chegares a casa vais saber.



Chegámos! Estava a começar a chover. Olhei o jardim observando todo o cuidado que o meu pai sempre tinha com as plantas. Os peixes saltavam, como sempre, do lago. Bateu a saudade de quando era pequena e comecei a sonhar. Mas por pouco tempo pois acordei com a minha mãe a dizer – vamos, depressa, esta a começar a chover!



Entramos na sala e fui surpreendida por um sujeito todo tatuado, cabelo vermelho e brinquinho na orelha e ainda por cima sentado ao lado do meu pai a verem o canal de desporto. Só isso poderia justificar esse tipo de sujeito sentado ao lado do meu pai nesses preparos, o futebol. O que estaria ele ali a fazer? Nem sequer o conhecia de lado nenhum. Perguntei – Está tudo bem?



Logo eles se levantaram e o meu pai veio-me dar um abraço.

José – Eu é que pergunto, está tudo bem, filha?
BeAz – Sim, pai! – Perguntei eu sem saber onde ele queria chegar.



O meu pai chamou Miguel para mo apresentar. Eu olhei-o de alto a baixo para ter a certeza de não o conhecer de lado nenhum e disse – Olá! – O meu pai prosseguiu indicando-nos o caminho para nos sentarmos. Eu pensava – o que me espera?



Depois de nos sentarmos não me contive:

BeAz – Que argolada é esta? O que se passa aqui? Porque me tiraram da escola para me enfrentarem com um sarapintado qualquer que eu nem conheço? Até me admira, pai, costumas ser tão exigente com as pessoas com quem queres que me relacione.
Miguel – responde muito delicadamente – Desculpem, eu não quero de forma alguma ser inconveniente, a minha intenção era ajudar a vossa filha.
José – calma aí filha! Prefiro um sarapintado macho pavão do que uma pink ball esfarrapada jogando futebol gay em minha casa. Fique sabendo…
Aurora – Vamos nos acalmar. Estamos aqui para falar de BeAz e não das visitas que frequentam a nossa casa.



A minha mãe começou:

Aurora – Be, nós sabemos o que se passou na universidade, foi Miguel que nos contou. Miguel frequenta a universidade da cidade vizinha. Os boatos chegaram até lá. Miguel é filho de um dos amigos do teu pai e como tal em sua proteção contou-nos o que se passou por lá. Desde o desmiolado de cor-de-rosa à libertina loira.
BeAz – Mãe!?... São meu amigos!
José – Amigos? Que espécie de amigo é aquele que namora com você e beija outras? E sai pela noite fazendo sabe-se lá o quê? Amigo respeita. Achas que foste respeitada? Amada? Achas que ele te merece? Isto sem falar do exemplo das outras duas. Está decidido, para lá não voltas, não quero a minha filha com má fama.
BeAz – Atenção! Estão a difamar os meus amigos, o que parece nem sempre é.



Miguel – Sei que você estava deprimida, enfiada naquele quarto, noite e dia, já nem às aulas ia, não estava gostando de ver você assim, por isso falei com seus pais, me desculpa se te desapontei mas a intensão era te ajudar.
BeAz – Mas como soubeste?
Miguel – Na Universidade da cidade vizinha não se fala de outra coisa, fotos do AB de cor-de-rosa nos jogos gay e o vídeo da loira famosa circulando nos telemóveis, são mais conhecidos que o tremoço. Desculpa BeAz mas esta é a realidade. Por isso acho que deve ficar aqui por uns tempos enquanto tudo passa.



Perplexa e sem saber o que dizer levantei-me:

BeAz – Com licença, vou tomar um banho!



Tomei um banho relaxante e enfrentei-me no espelho decidida a tornar num fantasma o meu tempo passado, a partir deste momento seria uma nova vida para mim, seria eu e as minhas vontades, a luta pelos meus objetivos, nada mais.



Cheguei à cozinha Miguel estava a ajudar a minha mãe com o jantar.

Aurora – Vamos jantar, querida, já está pronto, chama o teu pai.



Ao jantar o meu pai falava de carreiras profissionais, ele sempre foi dedicado aos negócios mas Miguel adorava o mar, a praia e por isso estava a tirar um curso de salva vidas.



Enquanto arrumava a cozinha, o meu pai foi pescar e a minha mãe colher uns legumes da horta que o meu pai cuidava.



Quando saí Miguel dia o jornal. Levantou-se e falou-me:

Miguel – Vou à papelaria preciso comprar um livro, quer vir? Depois podemos dar uma volta, há festa na praça!

Dei um beijo aos meus pais que nos disponibilizaram o carro e saímos.



Depois de passarmos no café fomos então à papelaria comprar uns livros para ler.



Seguimos para a praça, comemos um gelado e conversámos muito. Confesso que falei mais do que o costume, Miguel era um bom ouvinte.



Miguel era muito atencioso e amável, ao contrário de certas pessoas. Com muita dedicação ensinou-me a andar de patins. Sim, porque eu ainda não sabia andar. Fingia eu.



Jogámos à bola! Pelo menos o calção de treino dele não era cor-de-rosa. Confesso que me estava a divertir imenso.



Também tirámos fotos. Miguel tentou convencer-me a pintar a cara e até fazer uma tatuagem mas eu não fui na onda.



Nos dias seguintes fomos ao cinema, liamos juntos.



Passeávamos e corríamos até à praia.



Todos os dias batia-me na porta do quarto bem cedo, tomávamos o pequeno-almoço e corríamos até à praia.



Duma das vezes que nadávamos, Miguel ajudou uma moça a sair do mar, ela estava a ficar aflita por não saber nadar.



Quase sempre acabávamos o dia no Bristro. Hoje dava graças a Deus à minha mãe por me ter ido buscar naquele dia. Mas teria de voltar para a Universidade. Fui para lá com um propósito, tirar um curso, e não queria acabar o ano sem o canudo na mão. Isso não poderia acontecer de maneira alguma. Estava sim decidida a voltar mas teria de convencer os meus pais. Mas de uma coisa também eu tinha a certeza, jamais voltaria com AB. Não sou rancorosa por isso poderíamos continuar amigos mas o namoro acabou. Meu objetivo era acabar o curso e seria também esse o objetivo da minha volta à universidade.

15 comentários:

  1. Acho que o Miguel, é mais gentil e mais educado que o AB, e tem uma aparência... melhorzinha, né ?
    Mas não me intrometo nesses tipos de assunto, afinal, todos devem fazer o que acham melhor!

    PS: Meg, até que foi bom dançar o Show das Poderosas, agora VOCÊ é a poderosa! rsrs

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    1. Obrigada Lollipop, o Miguel é apenas um amigo que me ajudou numa hora difícil e sem dúvida mais gentil que AB que fez bem o contrário disso.
      Meg é poderosa!

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  2. Nossa, é daí que ficamos enfurecido quando um plano dá errado.
    Iiiiih AB, falhou na vingança, KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Será que tu vais trocar o AB pelo o Miguel, BeAz? Isso cheira a romance no ar. XD Bom... não estás mais com o AB, mas será um novo amor? XD

    Beijos!

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    1. Poderia ser mas Miguel é apenas um amigo, pelo menos neste momento.

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  3. COOOOOOOOF COOOOOOOF
    Então quer dizer que estás conhecendo um novo rapaz? Fico feliz, BeAz! Desejo-te toda a felicidade do mundo! Também não guardo mágoas...
    E a Megricela hein? USHAUSHAUHSUA'

    Beijão!

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    1. Conheço vários AB, numa universidade conhecesse vários rapazes e várias raparigas, né?

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  4. O que não faz um vídeo e uma peruca loura, não é?
    Mas sabe, tô cansando desse assédio todo e D. Morte quero quero bem longe de mim.
    O que temos aqui agora é AB unido a Chris (isso não vai dar certo), eu Loura e linda arrasando corações e a BeAz se refugiando com os pais. Tsk,tsk,tsk. Coisa feia hein BeAz?
    Por que não conta toda a verdade para o papaizinho? Diz para ele que você não é nenhuma santa e que também aprontou, por pouco eles não foram avós! Os malucos não somos só nós!!!!
    E no fim de tudo ela ainda diz: " não queria acabar o ano sem o canudo na mão" FRANCAMENTE!!!

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    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' Até BeAz! Bem que Chris diz que ela é sonsa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk' Isso ninguém conta pros pais! Eu sai como vilão dessa! u_u'

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    2. Se AB confiou que BeAz poderia estar grávida é porque sabe bem o que fez mas o que não admito é que ele me venha dizer que se estivesse ele não seria o pai, então quem poderia ser. Isso magoou BeAz e para terminar diz que acabou com ela. Só restou a coitada cair em depressão, mas grassas a Deus ainda há amigos neste mundo perverso.

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  5. OMG, eu diria que a BeAz já ganhou o canudo faz tempo, mas enfim, abafa o caso.
    Reparei que a Meg e a D. Morte tem o mesmo corpinho. Os dois de perfil quase não se via nada.
    AB parece que está gostando da brincadeira, fica bem de rosinha. E não acho que rosa seja só cor de mulher. Mas que ele anda dando pinta, isso anda.
    Meg arrasando, passou a perna (no bom sentido) na Chris.
    Beijinhos pra vocês.

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    1. Aê kabuk, não gostei de ser comparada a D.Morte não, mas se um dia eu passar para o lado dela, não vou me esquecer de você! ;p

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    2. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk'
      GOSTEI, KABUK! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK' É a cara mesmo! Ô Meg! Começa a andar que nem a dona morte! Pelo menos não nos assusta tanto kkkkkkkkkk'

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    3. Ganhei um canudo sim, para dar com ele na sua cabeça, ó sua perversazinha.

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  6. Meg é muito interesseira; já vai logo pedindo presentes pra os bofes.
    #Megpiriguete!

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